Desde
o seu processo de independência, a ilha de Cuba viveu sérios problemas
políticos decorrentes da instalação de governos ditatoriais e a intervenção
norte-americana no país. No ano de 1901, quando os cubanos estabeleciam sua
primeira carta constitucional, os Estados Unidos promoveram uma ação
interventora com a criação da chamada Emenda Platt. Segundo o acordado, esse
dispositivo jurídico garantiria aos norte-americanos o direito de interceder
nas questões políticas cubanas.
De fato, em várias ocasiões os Estados Unidos
realizaram invasões militares que pretendiam garantir a hegemonia do “Tio Sam”
na região. Na década de 1950, a penosa situação social e econômica do país foi
agravada com a instalação do regime golpista imposto pelo general Fulgêncio
Batista (1901 – 1973). Em meio aos desmandos e a subserviência desse governo,
um movimento de oposição armada ganhava força dentro de Cuba.
Organizando diversos focos de guerrilha, os combatentes liderados por Ernesto Che Guevara, Fidel Castro e Camilo Cienfuegos conseguiu bater as forças ditatoriais. Acuado pelo movimento revolucionário, Fulgêncio se refugiou na República Dominicana enquanto seus aliados eram fuzilados pelos guerrilheiros. Em janeiro de 1959, Fidel Castro foi aclamado como primeiro-ministro de Cuba e adotou medidas que contrariavam os interesses norte-americanos.
Entre outras ações, o governo revolucionário realizou a nacionalização das refinarias de açúcar, promoveu a reforma agrária e estatizou todo restante do setor industrial controlado pelos Estados Unidos. Inicialmente, os revolucionários tendiam a seguir uma linha política independente da ordem bipolar instalada após a Segunda Guerra Mundial. Contudo, as pressões políticas exercidas pelo governo de John Kennedy acabaram favorecendo a aproximação com o bloco soviético.
Temendo que a experiência cubana inspirasse outras revoluções, o governo norte-americano resolveu criar um programa de cooperação econômica às demais nações americanas conhecido como “Aliança Para o Progresso”. Além disso, os EUA impuseram um embargo econômico que pretendia enfraquecer o novo governo liderado por Fidel Castro. Antes disso, em 1961, os norte-americanos tentaram invadir Cuba no frustrado ataque à baia dos Porcos.
No final de 1962, a aproximação ao bloco socialista estabeleceu a instalação de mísseis soviéticos em Cuba. Tal ação causou uma enorme tensão diplomática com os EUA, que se sentiram ameaçados com a deflagração da chamada “crise dos mísseis”. Após a resolução do conflito, que acabou com a retirada do armamento soviético, o governo cubano tentou apoiar os movimentos guerrilheiros na América Latina. Essa política resultou na morte e execução de “Che” Guevara, em 1967, na Bolívia.
Na década de 1970, o alinhamento junto à URSS promoveu uma grande dependência da economia cubana junto aos socialistas. Duas décadas mais tarde, a crise do bloco socialista exigiu que o governo cubano – durante todo esse tempo controlado por Fidel Castro – remodelasse a economia cubana com a adoção de medidas que viabilizassem a sua recuperação. Apesar desses problemas, esse governo teve grandes avanços nos campos da saúde e na educação.
Nos últimos anos, a situação cubana se mostra indefinida com as pressões políticas favoráveis ao fim do embargo econômico ao país latino-americano. Em 2008, após a saída de Fidel Castro do governo, criou-se uma grande expectativa sobre a remodelação das relações entre Cuba e Estados Unidos da América. Enquanto isso, a experiência revolucionária cubana perde seu valor simbólico mediante as ações que promovem sua gradual abertura política e econômica.
Organizando diversos focos de guerrilha, os combatentes liderados por Ernesto Che Guevara, Fidel Castro e Camilo Cienfuegos conseguiu bater as forças ditatoriais. Acuado pelo movimento revolucionário, Fulgêncio se refugiou na República Dominicana enquanto seus aliados eram fuzilados pelos guerrilheiros. Em janeiro de 1959, Fidel Castro foi aclamado como primeiro-ministro de Cuba e adotou medidas que contrariavam os interesses norte-americanos.
Entre outras ações, o governo revolucionário realizou a nacionalização das refinarias de açúcar, promoveu a reforma agrária e estatizou todo restante do setor industrial controlado pelos Estados Unidos. Inicialmente, os revolucionários tendiam a seguir uma linha política independente da ordem bipolar instalada após a Segunda Guerra Mundial. Contudo, as pressões políticas exercidas pelo governo de John Kennedy acabaram favorecendo a aproximação com o bloco soviético.
Temendo que a experiência cubana inspirasse outras revoluções, o governo norte-americano resolveu criar um programa de cooperação econômica às demais nações americanas conhecido como “Aliança Para o Progresso”. Além disso, os EUA impuseram um embargo econômico que pretendia enfraquecer o novo governo liderado por Fidel Castro. Antes disso, em 1961, os norte-americanos tentaram invadir Cuba no frustrado ataque à baia dos Porcos.
No final de 1962, a aproximação ao bloco socialista estabeleceu a instalação de mísseis soviéticos em Cuba. Tal ação causou uma enorme tensão diplomática com os EUA, que se sentiram ameaçados com a deflagração da chamada “crise dos mísseis”. Após a resolução do conflito, que acabou com a retirada do armamento soviético, o governo cubano tentou apoiar os movimentos guerrilheiros na América Latina. Essa política resultou na morte e execução de “Che” Guevara, em 1967, na Bolívia.
Na década de 1970, o alinhamento junto à URSS promoveu uma grande dependência da economia cubana junto aos socialistas. Duas décadas mais tarde, a crise do bloco socialista exigiu que o governo cubano – durante todo esse tempo controlado por Fidel Castro – remodelasse a economia cubana com a adoção de medidas que viabilizassem a sua recuperação. Apesar desses problemas, esse governo teve grandes avanços nos campos da saúde e na educação.
Nos últimos anos, a situação cubana se mostra indefinida com as pressões políticas favoráveis ao fim do embargo econômico ao país latino-americano. Em 2008, após a saída de Fidel Castro do governo, criou-se uma grande expectativa sobre a remodelação das relações entre Cuba e Estados Unidos da América. Enquanto isso, a experiência revolucionária cubana perde seu valor simbólico mediante as ações que promovem sua gradual abertura política e econômica.
Localizado na
América Central, no mar do Caribe, o território cubano possui 110,8 mil
quilômetros quadrados, onde residem 11,2 milhões de pessoas, sendo a densidade
demográfica (população relativa) de 101 habitantes por quilômetro quadrado. De
acordo com dados divulgados em 2009, pela Organização das Nações Unidas (ONU),
o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país é 0,863.
Foi a única nação
do continente americano que adotou o socialismo como sistema político (embora
alguns autores não concordem que Cuba tenha sido verdadeiramente socialista).
Essa posição de Cuba teve como consequência o embargo econômico de muitas
nações do mundo, sobretudo dos Estados Unidos. Entretanto, o regime foi apoiado
pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), sendo que essa grande
potência importava os principais produtos cubanos (açúcar, arroz, tabaco, entre
outros), além de fornecer subsídios financeiros ao país.
Contudo, com a
desintegração da União Soviética, em 1991, Cuba passou a enfrentar diversos
problemas econômicos. Nos últimos anos, visando reverter a situação, o governo
passou a estimular investimentos estrangeiros (de forma moderada), promoveu a
aproximação com a Venezuela (esse país fornece 100 mil barris de petróleo
diários com preços inferiores) e incentiva o turismo, que é proporcionado em
virtude das belezas naturais da ilha.
Em julho de 2006,
em razão de um problema de saúde, o grande líder Fidel Castro, após 49 anos no
poder, foi afastado da presidência nacional. Seu irmão, Raúl Castro, que
participou da revolução cubana, assumiu o cargo de presidente, mas Fidel
continua como líder do Estado cubano. Durante o novo governo, foi liberada a
aquisição de computadores, no entanto, o uso da internet é restrito. Outra
medida foi o acesso a celulares, contudo, o serviço é muito caro, sendo
inacessível à maioria da população.
As pressões
internacionais e os constantes embargos econômicos fizeram com que Cuba, em
2004, libertasse cinco presos políticos. Como consequência dessa atitude, a
União Europeia (UE) e outros países da América reataram relações diplomáticas
com Cuba. A nação estuda a possibilidade de reintegração à Organização dos
Estados Americanos (o país foi expulso da entidade em 1962), para que isso
ocorra, Cuba deve respeitar os princípios elementares da organização.
Exercícios CUBA
01 - No século XVIII surgiram os primeiros
descontentamentos com a política colonial espanhola na ilha de Cuba,
principalmente com a imposição do monopólio comercial do tabaco
pela metrópole a partir de 1716. A reação ao monopólio comercial
se deu através de uma revolta, conhecida como:
A) Revolução cubana.
B) Insurreição dos Vergueiros.
C) Independência cubana.
D) República em Armas.
E) Guerra dos Dez anos.
02 - (PUC-SP) Para o reconhecimento da
independência cubana, a Emenda Platt, de 1901, definindo as relações
entre os Estados Unidos e Cuba, permitia:
A) a intervenção direta dos EUA na organização
do exército cubano.
B) a ocupação militar da ilha de Cuba pelos
americanos por quarenta anos.
C) a intervenção americana nos assuntos internos
e o estabelecimento de bases na ilha.
D) a arrecadação de 1/3 das rendas da produção
açucareira durante trinta anos.
E) a intervenção direta dos EUA na organização
das alfândegas cubanas.
03 - Quem foi Fulgêncio Batista?
A) Mártir da luta pela Independência de Cuba,
inspiração dos revolucionários cubanos.
B) Pai de Fidel Castro.
C) Presidente cubano apoiado pelos Estados Unidos,
expulso pelos revolucionários.
D) Líder da Cooperativa de Plantadores de Cana
de Açúcar de Cuba.
E) Abolicionista cubano.
04 - Numa decisão histórica, o governo cubano
decidiu libertar 52 presos políticos, condenados desde 2003.
Responda ao quiz e teste seus conhecimentos sobre Cuba e as questões
atuais da ilha.
Sobre o anúncio do governo cubano de libertar os
52 presos políticos:
I. Os primeiros presos políticos libertos vão se exilar na Espanha, com apoio do governo;
II. Guillermo Fariñas, jornalista cubano, encerrou uma greve de fome que já durava 135 dias depois do anúncio da libertação dos presos;
III. O único país a pressionar Cuba pela libertação era a Espanha.
Estão corretas:
I. Os primeiros presos políticos libertos vão se exilar na Espanha, com apoio do governo;
II. Guillermo Fariñas, jornalista cubano, encerrou uma greve de fome que já durava 135 dias depois do anúncio da libertação dos presos;
III. O único país a pressionar Cuba pela libertação era a Espanha.
Estão corretas:
A) Todas estão corretas.
B) Todas estão incorretas.
C) I e II, somente.
D) I, somente.
E) II somente.
05 - 1) (FGV/2011) A Revolução Cubana,
vitoriosa em 1959, teve como principal característica: A) A
mobilização popular por meio de manifestações de massas e a
organização de seguidas greves gerais que interromperam as
atividades econômicas de Cuba.
B) A prática do “foquismo”, com grupos armados que se dedicavam à luta armada caracterizada pela tática de guerrilhas.
C) A mobilização internacional por meio de campanhas que denunciavam o desrespeito aos direitos humanos por parte do governo cubano.
D) A intervenção soviética, que enviou tropas de apoio aos revolucionários e bombardeou bases do governo cubano.
E) A vitória eleitoral dos revolucionários no pleito de 1958 e a gradativa implementação de medidas socializantes por Fidel Castro.
06 - (UEG - 2010) Na década de 1960, as Américas foram sacudidas por um verdadeiro furacão: a Revolução Cubana. Iniciada em 1959, devastou as estruturas políticas até então existentes. Figuras como Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Che Guevara tornaram-se ícones da juventude do período e foram "imitados" por jovens de todo o mundo que buscavam contestar os regimes políticos e o poder tradicional.
Tendo isso em conta, Cite duas causas que expliquem a Revolução Cubana.
07 - Qual foi o apoio dado pela União Soviética aos revolucionários até a conquista de Havana?
B) A prática do “foquismo”, com grupos armados que se dedicavam à luta armada caracterizada pela tática de guerrilhas.
C) A mobilização internacional por meio de campanhas que denunciavam o desrespeito aos direitos humanos por parte do governo cubano.
D) A intervenção soviética, que enviou tropas de apoio aos revolucionários e bombardeou bases do governo cubano.
E) A vitória eleitoral dos revolucionários no pleito de 1958 e a gradativa implementação de medidas socializantes por Fidel Castro.
06 - (UEG - 2010) Na década de 1960, as Américas foram sacudidas por um verdadeiro furacão: a Revolução Cubana. Iniciada em 1959, devastou as estruturas políticas até então existentes. Figuras como Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Che Guevara tornaram-se ícones da juventude do período e foram "imitados" por jovens de todo o mundo que buscavam contestar os regimes políticos e o poder tradicional.
Tendo isso em conta, Cite duas causas que expliquem a Revolução Cubana.
07 - Qual foi o apoio dado pela União Soviética aos revolucionários até a conquista de Havana?
a) financeiro
b) militar
c) moral
d) nenhum.
08 - O governo
revolucionário em Cuba foi instalado em 1959. Quais foram os
primeiros cargos exercidos por Fidel Castro e Che Guevara,
respectivamente?
A) Primeiro
Ministro de Cuba e Diretor do Instituto Nacional da Reforma Agrária.
B) Ditador e chefe do
exército.
C) Ditador e Ministro
de Cuba
D) Primeiro ministro
de Cuba e chefe do exército.
09 - UFF, 1999) "A Revolução Cubana era
tudo: romance, heroísmo nas montanhas, ex-líderes com a desprendida
generosidade de sua juventude - os mais velhos mal tinham passado dos
30 -, um povo exultante, num paraíso turístico tropical, pulsando
com os ritmos da rumba" ( HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos. SP,
Cia das Letras, 1995, p. 427). O resultado da Revolução Cubana foi
a organização de um estado comunista na América Latina, desafiando
a política de domínio norte-americana. Essa nova realidade
determinou o estabelecimento de relações entre Cuba e os demais
países latino-americanos que tomaram caminhos e perfis
diferenciados. A partir das relações entre Cuba e outros países
latino-americanos analise as afirmativas:
I. " O Brasil
reatou relações diplomáticas com Cuba em 1986, estabelecendo-se um
ponto de partida para vários acordos comerciais e culturais entre os
dois países.
II. O Movimento Sendero
Luminoso, em El Salvadcr, sofreu influências profundas da Revolução
Cubana. III. Influenciada pela experiência cubana, a guerrilha
paraguaia da década de 70 foi liderada por Alfredo Stroessner.
IV. A experiência
socialista de Allende, no Chile, na década de 50, influenciou
positivamente a Revolução Cubana. V. A Frente Sandinista de
Libertação Nacional, na Nicarágua, inspirou-se, em parte, na
experiência cubana. As afirmativas que estão corretas são as
indicadas por:
A) II, IV e V
B) II e III
C) I, II e IV
D) I e II
E) I e IV
10 - Quais eram os slogans que resumiam as idéias
revolucionárias de Fidel castro, ao atingir o poder?
a) 'Estamos vivos' e
'Não passarão!'
b) 'Reforma agrária já
e 'Não passarão!'
c) 'Reforma agrária já
e 'Viva a Revolução'
d) 'Estamos vivos' e
'Viva a Revolução'
11 - “(...) Fidel se beneficiou da Guerra Fria e
vendeu a importância geopoIítica de Cuba à União Soviética, em
troca de generosos subsídios. Cuba é muito mais importante no mundo
como um símbolo. E ela é um símbolo por causa de Fidel. Sem Fidel,
o regime cubano perde o símbolo da vanguarda do comunismo
internacional ou, ao menos, do anti-imperialismo, especialmente do
antiamericanismo. A Revolução Cubana nunca se viu como uma mudança
de governo em Cuba apenas. A atuação de Ernesto Che Guevara na
África e na América do Sul era parte da mística em torno dos
combatentes de Sierra Maestra. Para a América Latina,
especificamente, Fidel foi o ícone das mudanças que organizações
de esquerda do Continente inteiro buscavam.”
(Revista Época, fevereiro de 2008)
A saída de Fidel Castro da liderança do governo reacendeu o debate acerca da controvertida História Cubana.
A respeito do tema, considere as afirmações abaixo.
I. Cuba foi um palco importante na disputa entre os EUA e a ex-URSS, com destaque para a ‘Crise dos Mísseis’, em 1962, quando o mundo esteve à beira de um confronto nuclear.
II. A Revolução Cubana inspirou movimentos de esquerda na América Latina, a partir da década de 1960, sendo adotada como modelo para os grupos guerrilheiros pró-socialistas, a exemplo da Guerrilha do Araguaia, no Brasil.
III. Para superar a crise vivida por Cuba desde o fim da URSS, o país busca ampliar suas relações econômico-comerciais, sobretudo na América Latina, destacando-se sua aproximação com a Venezuela de Hugo Chávez.
Dessa forma,
A) apenas as afirmações I e II estão corretas.
B) apenas as afirmações II e III estão corretas.
C) apenas as afirmações I e III estão corretas.
D) apenas a afirmação III está correta.
E) todas as afirmações estão corretas.
(Revista Época, fevereiro de 2008)
A saída de Fidel Castro da liderança do governo reacendeu o debate acerca da controvertida História Cubana.
A respeito do tema, considere as afirmações abaixo.
I. Cuba foi um palco importante na disputa entre os EUA e a ex-URSS, com destaque para a ‘Crise dos Mísseis’, em 1962, quando o mundo esteve à beira de um confronto nuclear.
II. A Revolução Cubana inspirou movimentos de esquerda na América Latina, a partir da década de 1960, sendo adotada como modelo para os grupos guerrilheiros pró-socialistas, a exemplo da Guerrilha do Araguaia, no Brasil.
III. Para superar a crise vivida por Cuba desde o fim da URSS, o país busca ampliar suas relações econômico-comerciais, sobretudo na América Latina, destacando-se sua aproximação com a Venezuela de Hugo Chávez.
Dessa forma,
A) apenas as afirmações I e II estão corretas.
B) apenas as afirmações II e III estão corretas.
C) apenas as afirmações I e III estão corretas.
D) apenas a afirmação III está correta.
E) todas as afirmações estão corretas.
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